quinta-feira, 29 de março de 2012

Resumo das Notícias Publicadas pelos Principais Jornais do País (Sinopse Radiobras), do Dia em que o Internauta Clicar no LINK abaixo:

LEIA O Resumo das Notícias do Brasil de Mundo, Publicadas Hoje e todos os Dias pelos mais Importantes Jornais do País (aos Domingos se incluem as mais Destacadas Revistas brasileiras.

CONFIRA!:

http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses


Sempre que o leitor acessar quaisquer dos Blogs do PAINEL DO PAIM, além das últimas Postagens, encontrará, à direita da página, os LINKs para acessar os Sites do GOOGLE NEWS (http://news.google.com/) e de EDSON PAIM NOTÍCIAS (http://www.edsonpaim.com.br/), os quais apresentarão Notícias mais detalhadas sobre os fatos antes resumidos.

domingo, 18 de março de 2012

Rendida à história, Dilma quer pacificar o PMDB

Josias de Souza

12.03.2012 - 6:03


Dilma Rousseff mandou sua assessoria levantar todas as “demandas” do PMDB. Assustou-se com os recados do seu principal “aliado”. Deseja promover um armistício. A história recente demonstra que não lhe sobram alternativas.

No Brasil pós-redemocratização, inaugurado em 1985, sempre que um presidente da República achou que poderia negligenciar o PMDB, deu-se mal. Quando a favor, a legenda provê estabilidade congressual. Contra, torna-se força desestabilizadora.

Sob José Sarney, um ex-apoiador da ditadura que se abrigou no PMDB para tornar-se vice de Tancredo Neves, Ulysses Guimarães funcionou como uma espécie de presidente paralelo. O partido deu as cartas no governo.

Na sucessão presidencial de 1989, Ulysses tentou trocar a pele de eminência parda pela de presidente de fato. Candidatou-se ao Planalto pelo PMDB. As urnas impuseram-lhe um vexame. Ele, então, mandou um recado a Lula: bastaria um telefonema para que subisse no palanque do PT.

oOo

Lula passara raspando para o segundo turno. Batera Leonel Brizola (PDT) por um triz. Contra Fernando Collor, precisava de aliados. Todos os que fosse capaz de reunir. A estampa moderada de Ulysses suavizaria a pecha de radical que Lula trazia na testa.

O telefonema não aconteceu. Na época, Lula alegou que a imagem de Ulysses e do PMDB estavava irremediavelmente associada à velha “Nova República” de Sarney. E o PT dessa época achava que tinha uma reputação a zelar.

Eleito pelo nanico PRN, Collor deu de ombros para o PMDB. Na campanha, chamara Sarney de “ladrão”. Presidente do marketing de camisetas, achou que a companhia não lhe cairia bem.

Hoje, acomodado numa cadeira do Senado, Collor confraterniza-se com Sarney. Ontem, no Planalto, a perversão empurrou-o para o impeachment sem que houvesse do seu lado um PMDB para socorrê-lo.

Quando sentiu o chão fugir-lhe dos pés, Collor ainda se achegou ao então PFL. Era tarde. As ruas já gritavam defronte do palácio. Se buscasse uma aproximação tardia com o PMDB, talvez fosse rejeitado. Brigado com a academia e parte da mídia, hostilizado pelo asfalto e sem apoio congressual, Collor desceu ao verbete da enciclopédia de ponta-cabeça.

oOo

Na presidência-tampão de Itamar Franco, as forças que ajudaram a escorraçar Collor foram convidadas a servir de estaca no Congresso. O PT recusou-se a atender. O PMDB aceitou gostosamente. No ano passado, em propaganda partidária institucional, o partido de Temer jactava-se de ter ajudado a aprovar o Plano Real, tricotado sob Itamar e implementado sob FHC.

Nos dois mandatos de FHC, o tucanato serviu-se da parceria com o PFL de ACM e Cia. e com o PMDB de Temer e sociedade ilimitada. Aprovou no Legislativo quase tudo o que quis. Inclusive a emenda da reeleição, untada por uma tal “cota federal” providenciada pelo então ministro Sérgio ‘Trator’ Motta, operador do PSDB.

Nas eleições de 2002, um Lula 13 anos mais maduro foi às urnas abraçado ao pretexto que o impedira de responder aos acenos daquele Ulysses de 1989: José Sarney. Nessa época, o PMDB estava trincado. Dividiu suas fichas.

A ala de Michel Temer apostou seu capital político no tucano José Serra. Enfiou-lhe na chapa, na posição de vice, Rita Camata, então deputada federal do PMDB. Guiando-se pelo faro que o tornou o político mais longevo em atividade, Sarney foi de Lula.

Eleito, Lula recusou os conselhos do grão-petê José Dirceu para que acomodasse sob o guarda-chuva do governo 100% do PMDB. Preferiu compor um consórcio partidário lastreado no PT e em legendas de porte médio. O arranjo desaguou no escândalo do mensalão.

oOo

Reeleito em 2006, Lula deu o braço a torcer. Escaldado, cuidou de atrair para o seu lado, o pedaço do PMDB que havia rebarbado. Levou aos lábios uma palavra –“coalizão”- e uma promessa – “ministério dos sonhos”.

Coube ao então ministro petê Tarso Genro (Relações Institucionais), hoje governador gaúcho, redigir uma “nota de conjuntura” na qual o governo definia o “novo” modelo a ser adotado por Lula.

No texto, Tarso celebrava a tal coalizão como “um avanço democrático”, uma “renovação da cultura política do país”. Diferentemente do tradicional toma-lá-dá-cá, o governo anteciparia “os seus objetivos fundamentais”.

Ficariam “visíveis para a sociedade os compromissos entre os partidos.” E as legendas brindadas com representantes na Esplanada vinculariam “seu comportamento aos objetivos acordados” com o governo.

Ganha um cargo de ministro no governo Dilma Rousseff quem for capaz de enunciar um dos “objetivos acordados” por Lula com os partidos que se acotovelam até hoje por privilégios, cargos e verbas.

oOo

Herdeira da encrenca, Dilma posou de durona durante todo o ano de 2011. Não agiu. Apenas reagiu ao noticiário. Mas passou a impressão de que governaria com a vassoura. Os “aliados” puseram em prática a política do “cá te espero”. De repente, como foliões retardatários, começaram a cantar uma velha marchinha: está chegando a hora… Hora do troco.

Para onde se voltar o observador, encontrará o rastro de um jogo de bancadas e personalidades à cata das melhores e mais vistosas posições. O PMDB não é o único insatisfeito. Mas o tamanho faz dele o mais perigoso.

Em conflito com a imagem que tenta cultivar, Dilma emite sinais de que começa a compreender o que se passa ao redor. Espremendo-se as cenas, chega-se a um sumo amargoso. Os partidos da pseudocoalizão tentam prevalecer uns sobre os outros. É uma espécie de cada um por si e todos contra o PT.

A eleição municipal potencializa as diferenças que os igualam. Como não há “objetivos acordados” sobre a mesa, resta a incômoda sensação de que todos estão à cata de vantagens que lhes assegurem o futuro político. Vantagens eleitorais misturam-se às pessoais.

oOo

O memorando de Tarso Genro, já sugado pelos desvãos da história, falava de “renovação da cultura política do país”. Lula não fez senão render-se à tradição, aprofundando a mesmice. Se quisesse fazer diferente, Dilma iria à fogueira da tribo dos pemedebês, sob aplausos de pepês, pedetês, peérres e um interminável etc..

Quem vê o que aconteceu com o PMDB nos últimos anos, fica tentado a levar o pé atrás em relação à Teoria da Evolução pela Seleção Natural. Uma passada de olhos pelo quadro de lideranças do partido, que supostamente representa o que o PMDB tem de melhor, inspira constrangimento.

Lá atrás, no nascedouro da redemocratização, o PMDB tinha a cara de Ulysses Guimarães. Ficou com a cara do Quércia. Foi adornado com o bigode de Sarney. Ganhou a sobrancelha de Jader Barbalho, a lábia de Romero Jucá e a testa larga e brejeira de Renan Calheiros…

oOo

Vivo, Charles Darwin diria que o PMDB converteu-se em prova política de que o ser humano parou de evoluir. Mas foi assim, afrontando a ciência, que aquele PMDB que combatera a ditadura –que a Arena de Sarney ajudava a disfarçar—, virou esse PMDB que acaba de esfregar na face de Dilma um manifesto de 53 dos seus 76 deputados federais e de comandar a primeira derrota indigesta do governo no Senado do pós-Lula.

Na sua época, FHC valia-se da erudição de sociólogo para justificar a combinação do moderno –o Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e etc.— com o arcaísmo da rendição aos maus costumes. Citava Max Weber e a ética da responsabilidade como álibi para as alianças e as concessões.

Certa vez, respondendo a um amigo que lhe perguntara o que aconteceria se desse as costas aos aliados tóxicos, FHC foi suscinto: “Eu caio”. Exagero? A julgar pelo que dizem seus auxiliares, Dilma ainda não parece disposta a pagar pra ver. Deve ficar no dicotômico morde-e-assopra que vem caracterizando o seu reinado.

sábado, 3 de março de 2012

ALERTA Á NAÇÃO - 17/02 - MANIFESTO INTERCLUBES MILITARES
COMENTÁRIO DO PAINEL DE BLOGS DO CORONEL PAIM

Sem entrar no mérito dos dizeres contidos no documento intitulado "ALERTA Á NAÇÃO", sinto-me na obrigação de publicá-lo nos meus Blogs, em razão de minhas convicções democráticas, de meu respeito à liberdade de expressão, da qual nunca abdiquei, pois desde antes de entrar para o meu amado e glorioso Exército, fato que completará 64 anos no próximo dia 15 de março, sempre tive ao alcance de meu olhos a seguinte frase, então atribuída à Patrick Henry: "Não concordo com nada do que dizes, mas defenderei, até a morte, o direito de o dizeres".

Nesse período fui, não apenas mero espectador, mas partícipe da história militar e política do país, motivo pelo qual não poderia ficar alheio no instante em que a percepção de nossas Forças Armadas e do perfil do militares são muitas vezes distorcidos, quase sempre devido a sectarismo de alguns, de fora e de dentro da caserna, situação incompatível com o momento histórico em que vivemos, nos albores do advento do Brasil Potência, marchando aceleradamente rumo à posição de quarta economia do planeta, objetivo que sempre colimamos e do qual já podemos nos ufanar.

Em 1961, realizei palestra no Rotary Club de Aquidauana, intitulada "O SOLDADO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO BRASIL", na qualidade de representante do Comando da 1a. Cia do 9o. B.E. Comb. (a primeira Unidade da nossa gloriosa FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB) entrar em combate na Itália, tendo regressado a Aquidauana, com seus heróis, mas tendo deixado, no cemitério brasileiro de Pistóia, seus mortos, posteriormente repatriados pelo próprio ex-comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Moraes, cuja patente lhe fora concedida pelo Congresso Nacional, além da condição de permanecer na ativa do Exército, enquanto vida tivesse, honraria semelhante atribuída, apenas, ao Tenente-Coronel Benjamim Constant Botelho de Magalhães, cujo nome por decisão idêntica, permanece, até hoje, no Almanaque do Exército.

A palestra acima referida pode ser acessada através do seguinte LINK:
http://edsonpaimescrevepaineldopaim.blogspot.com/2008/08/o-soldado-e-sua-participao-no.html

Faço-o, também, em virtude de meu arraigado amor à Pátria e do respeito às nossas Forças Armadas, além de não aceitar divisão maniqueísta entre militares e civis, pois os estes são nada mais, nada menos do que brasileiros fardados e eleitores, cujo direito de cidadania não podem ser obstaculizados.

Na minha visão, o Clube Militar, como instituição mais que centenária, deveria manter em seu site a matéria publicada, pois não se trata de uma instituição castrense e sim de uma entidade civil que tem a inarredável obrigação de defender a liberdade de imprensa e, particularmente, direito de veiculação de opiniões através da web.

Certamente os dirigentes do Clube Militar optaram por retirar a publicação, por causa de bom senso, a fim de evitar a radicalização por parte daqueles que, ao desconhecer a história das nossas Forças Armadas e dos seus integrantes, de todos os tempos, insistem em pregar a cizania entre a sociedade e a família militar.

(Escreveu o Coronel Edson Nogueira Paim)

Eis a matéria a que se refere o comentário supra:


ALERTA Á NAÇÃO

17/02 - MANIFESTO INTERCLUBES MILITARES
.
Texto completo

Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.
Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.
Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.
Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes
repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.
Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.
Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar. Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.
Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012

V. Alte Ricardo Antonio da Veiga Cabral - Presidente Clube Naval
Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa - Presidente Clube Militar
Ten Brig Carlos de Almeida Baptista - Presidente Clube de Aeronáutica